Terao certos teonimos paleohispanicos s

Acta Palaeohispanica X Palaeohispanica pp - I S S N - TERÃO CERTOS TEÓNIMOS PALEOHISP? NICOS SIDO ALVO DE INTERPRETAÇ? ES PSEUDO - ETIMOLÓGICAS DURANTE A ROMANIDADE PASSÍVEIS DE SE REFLECTIREM NOS RESPECTIVOS CULTOS José Cardim Ribeiro AQUELE QUE CONHECE OS NOMES ??Il faut partir du Cratyle ? Belayche ??Aquele que conhece os nomes conhece também as coisas ? Plat Crat d Assim resume Crátilo o seu pensamento segundo o diálogo platónico epónimo A ancestral crença de que os nomes se confundem com a própria essência dos seres que os nomes possuem a ?nal eles mesmos uma dimensão ontológica necessariamente inerente àquilo que nomeiam cf v g Cassirer surge desde logo amplamente documentada nos poemas homéricos cf v g Pfei ?er - e ?xando-se nos deuses ?? que mais do que tudo no mundo importa melhor conhecer ou tentar conhecer para compreender em profundidade a natureza e o carácter de cada um deles e assim poder invocá-los com maior e ?cácia ansiando alcançar com pleno êxito a sua desejada intervenção ?? essa arreigada convicção perpassa já ao longo de toda a Teogonia de Hesíodo cf v g Fresina ss e Bernabé - Este pressuposto ? cratilista ? está largamente subjacente ao pensamento ór ?co cf v g ainda Bernabé além de id e Casadesús e mais tarde embora com alguma importante transformação afecta igualmente a ?loso ?a estóica A diferença fundamental reside no facto do Pórtico recusar confundir ontologicamente o ser do nome com o ser da coisa nomeada postulando antes que o nome se restringe a espelhar a re ectir a essência daquilo que designa não partilhando ele próprio dessa mesma essência cf v g Fresina ss O nome é aqui entendido como sinal providencial conducente à verdade das coisas verdade que se não é atingida nem compreendida não o é por defeito ou erro do nome em si mesmo mas sim ?? ?? ?? ?? Sobre este estimulante quão controverso texto vid Barney e Sedley Cf para uma abordagem geral deste tema a clássica obra de Decharme - ActPal X PalHisp CJosé Cardim Ribeiro por ignor? ncia ou inabilidade de quem erradamente o interpreta tal como os sinais divinatórios cuja intrínseca exactidão nos é garantida por Cícero contrastando-a com a possível incompetência dos homens quanto à sua leitura ??Os estóicos não são da opinião que a divindade intervenha em cada interstício do fígado ou em cada canto de ave mas consideram que o mundo foi desde início constituído de tal modo que alguns acontecimentos sejam precedidos de certos sinais uns surgindo nas vísceras outros nas aves outros ainda nos raios nos prodígios nos astros nas vis? es do sonho ou nas palavras dos inspirados Aqueles que compreendem bem esses sinais não se enganam muitas vezes É quando as conjecturas e as interpretaç? es são más que surge o erro não por defeito dos sinais mas por ignor? ncia dos intérpretes ? Cic De Div I LII cf ainda Fresina Mutatis mutandis poderíamos aplicar este texto ciceroniano à teoria

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