UNIVERSIDADE ABERTA Expressão oral em Francês Língua Estrangeira: concepção e a

UNIVERSIDADE ABERTA Expressão oral em Francês Língua Estrangeira: concepção e análise de instrumentos de avaliação Abril de 2010 Orientadora – Professora Doutora Ana Nobre Mestranda – Fernanda Maria Marques Laia Dissertação de Mestrado em Estudos Francófonos A expressão oral em FLE 2 Índice Índice ..................................................................................................................................................... 2 Resumo.................................................................................................................................................. 5 Introdução ............................................................................................................................................. 6 1. A oralidade nas línguas estrangeiras em situação comunicativa. ................................................... 11 1.1. O espaço da oralidade na evolução das diferentes perspectivas. ........................................... 11 1.2. O QECR e a perspectiva orientada para a acção. ..................................................................... 20 2. A expressão oral no Quadro Europeu Comum de Referência. ....................................................... 24 2.1. Categorias para a descrição da língua e do seu utilizador ....................................................... 24 2.2. Actividades de comunicação linguística e estratégias ............................................................. 29 2.3. Avaliação da oralidade no QECR. ............................................................................................. 35 3. O QECR e o sistema educativo português ....................................................................................... 40 3.1. As línguas estrangeiras no contexto educativo português. ..................................................... 40 3.2. O Programa de Francês, Cursos Gerais – Formação Geral e Específica do Ensino Secundário em Portugal. .................................................................................................................................... 46 3.3. A expressão oral no Programa de Francês, Formação Geral do Ensino Secundário em Portugal. .......................................................................................................................................... 50 4. A avaliação da oralidade em Francês, Nível de continuação, do Ensino Secundário em Portugal. 58 4.1. O enquadramento legal ........................................................................................................... 58 4.2. A Prova experimental de avaliação de Expressão Oral ............................................................ 62 5. A Avaliação da oralidade em FLE nos diplomas DELF A2 e B1 emitidos pelo Ministério de Educação Francês. ............................................................................................................................... 69 5.1. Os diplomas DELF ..................................................................................................................... 69 5.2. As provas da componente oral nos diplomas DELF ................................................................. 73 6. Propostas de instrumentos de avaliação formal da expressão oral na aula de FLE. ...................... 81 6.1. O público-alvo .......................................................................................................................... 81 A expressão oral em FLE 3 6.2. A construção de uma grelha de avaliação ............................................................................... 85 6.3. Situações de avaliação formal em sala de aula. ....................................................................... 90 6.4. Análise dos resultados. ............................................................................................................ 94 Reflexões finais ................................................................................................................................... 97 Bibliografia .......................................................................................................................................... 99 Sitografia ........................................................................................................................................... 106 Anexos ............................................................................................................................................... 108 Anexo 1 – Contexto do uso da língua: condições e limitações ..................................................... 109 Anexo 2 - Competências Comunicativas em língua: Competências Linguísticas .......................... 110 Anexo 3 - Competências Comunicativas em língua : competências pragmáticas ....................... 112 Anexo 4 - Competências Comunicativas em língua : competência sociolinguística ..................... 114 Anexo 5 - Produção oral: escalas exemplificativas das actividades. ............................................. 115 Anexo 6 - Recepção oral: escalas exemplificativas das actividades. ............................................. 118 Anexo 7- Interacção oral: escalas exemplificativas das actividades. ............................................ 121 Anexo 8 – Ouvir/ver – Processos de operacionalização – F. Geral – 11ºAno ............................... 128 Anexo 9 – Interagir – Processos de operacionalização dos discursos interaccionais orais – F. Geral – 11ºAno ....................................................................................................................................... 129 Anexo 10 – Grelhas (categorias e descritores, classificação) ....................................................... 130 Anexo 11 – Interacção: Descritores GAVE e QECR ........................................................................ 132 Anexo 12 – Questionários enviados pelo GAVE – 2005/2006 ...................................................... 133 Anexo 13 – Grelha de descritores de 11º e 12º: exemplos de diferenças em 2 categorias. ........ 137 Anexo 14 – Os números do DELF e do DALF. ................................................................................ 138 Anexo 15 – Caracterização dos níveis de competência: DELF scolaire ......................................... 139 Anexo 16 – Prova de Compreensão do Oral nos diplomas DELF Scolaire: A1, A2, B1 e B2. ......... 140 Anexo 17 – Prova de Produção Oral nos diplomas DELF Scolaire: A1, A2, B1 e B2. ..................... 142 Anexo 18 – Prova de Produção Oral nos diplomas DELF Scolaire: A2 e B1. ................................. 143 Anexo 19 – Grelha de Avaliação da produção oral nos diplomas DELF Scolaire: A2 e B1. ........... 145 A expressão oral em FLE 4 Anexo 20 – DELF B1 – Exercicio 3 – Apresentação de um ponto de vista .................................... 147 Anexo 21 – Propostas de actividades de interacção oral e respectivas grelhas de avaliação ...... 148 Anexo 22 – Critérios qualitativos para avaliação da exp.oral e respectivos dispositivos de avaliação. ....................................................................................................................................... 150 Anexo 23 – Ficha de avaliação de jeu de rôles. ............................................................................. 151 Anexo 24 – Grelha de avaliação de jeu de rôles. ........................................................................... 152 Anexo 25 – Exemplo de actividade de avaliação da produção oral. ............................................. 153 Anexo 26 – Exemplo de ficha de auto e hetero- avaliação da produção oral. ............................. 154 Anexo 27 – Exemplo de ficha de auto - avaliação da interacção oral. .......................................... 155 Anexo 28 – Exemplo de tarefa para avaliação formal de interacção oral. ................................... 156 Anexo 29 – Proposta de grelha de avaliação da interacção oral. ................................................. 157 Anexo 30 – Questionário para os professores classificadores. ..................................................... 158 Anexo 31 – Propostas dos Professores ......................................................................................... 159 Anexo 32 – Respostas aos questionários dos Professores ............................................................ 167 A expressão oral em FLE 5 Resumo Apesar de parte integrante do nosso quotidiano, a oralidade é frequentemente o parente pobre no ensino-aprendizagem das línguas estrangeiras. Complexa e efémera, a sua avaliação em contexto escolar é difícil e nem sempre isenta de controvérsia. Ao longo deste nosso estudo, pretendemos delimitar o espaço que lhe é consagrado nas várias metodologias (com particular incidência na perspectiva orientada para a acção), no Quadro Europeu Comum de Referência, no Currículo Nacional e finalmente nos Programas de Francês do Ensino Secundário. Estabelecendo a necessária articulação com a aplicação prática, analisamos dois modelos de avaliação: a nível nacional, a Prova Experimental de Avaliação da Expressão Oral do 11º e 12º anos, e a nível internacional, os exames DELF. Finalmente, no espaço de sala de aula, reflectimos sobre a forma como integramos e avaliamos a expressão oral na nossa prática lectiva, como estabelecemos a relação entre a teoria e as nossas realidades, questionando o que é válido, fiável e exequível, sem contudo, perdermos de vista o desejo de desdramatizar a avaliação da expressão oral. A expressão oral em FLE 6 Introdução Numa Europa multilingue e multicultural, assistimos diariamente a um extraordinário desenvolvimento das comunicações e a uma multiplicidade da informação, gerando novas necessidades sociais, nomeadamente no que diz respeito à formação em línguas estrangeiras. As exigências de mobilidade social e profissional levam os indivíduos a considerarem imperativo o domínio das línguas estrangeiras, facilitando a sua inserção num mundo cada vez mais plurilingue. No entanto, durante muito tempo, aprender uma língua estrangeira significava dominar a escrita; a expressão oral e a interacção, que conduziriam à real capacidade de comunicar, estavam praticamente ausentes da prática lectiva; aprendia-se uma língua quase sem o objectivo de a vir a falar um dia, vivia-se num mundo em que o ensino era extremamente académico, privilegiando-se o papel e o lápis, como diziam os antigos, la parole s’envole, les écrits restent… Este desequilíbrio agudiza-se quando abordamos a componente da avaliação; na expressão escrita há estabilidade, emitimos juízos de valor sobre documentos duradouros, na expressão oral há efemeridade, subjectividade, complexidade e aspectos como a timidez ou o carácter, mais ou menos extrovertido de um aluno, têm de ser tidos em conta. Contudo, e apesar de a opinião do professor sobre o comportamento verbal e não verbal do aluno ser importante, é, tal como na escrita, “sur la réalisation de tâches langagières concrètes, correspondant à des objectifs précis d’apprentissage, que les performances orales doivent être évaluées. Que sait dire l’apprenant ? Comment sait-il le dire? Avait-il l’intention de le formuler ainsi ? La compétence attendue será vérifiée (mesurée ou appréciée) par l’observation de la performance réalisée”1. Para que tal seja possível, é necessário formalizar esta avaliação, nomeadamente através de grelhas que cada professor, ou eventualmente cada instituição, elabora em função de tarefas, mais ou menos complexas, que o aluno/examinando deve realizar. 1 TAGLIANTE, Christine. (2007 : 88), L’évaluation et le cadre européen commun. Nouvelle édition. Paris : CLE international. A expressão oral em FLE 7 Todavia, por falta de tempo, ou de formação adequada, por parte do professor, a competência oral é frequentemente menos avaliada que a escrita, reduzindo-se por vezes a uma avaliação holística, concretizada na apreciação global e vaga da participação oral do aluno. Em Portugal, as sucessivas Reformas Curriculares, quer do Ensino Básico, quer do Ensino Secundário, dando continuidade às directivas Europeias e ao Quadro Europeu Comum de Referência, apelam a uma mudança de atitudes e à adopção de uma pedagogia da oralidade, numa perspectiva orientada para a acção. Todavia, consideramos que ainda não se conseguiu o equilíbrio, continua a prevalecer a pedagogia tradicional, centrada no discurso do professor, dando primazia à aprendizagem da compreensão e expressão escritas. Apesar de algumas mudanças a nível estrutural e metodológico, os exames nacionais de língua estrangeira, no 11º ano ou 12ºano, contemplam apenas as competências da escrita sendo possível que um aluno do ensino secundário, tenha uma avaliação satisfatória numa língua estrangeira (avaliação interna ou externa) e não seja capaz de executar uma tarefa de produção ou interacção oral num determinado contexto social. A portaria nº 1322/ 20072 que define os princípios orientadores da organização e da gestão do currículo, bem como da avaliação e certificação das aprendizagens do ensino secundário, introduziu diversas alterações, nomeadamente na avaliação da oralidade, determinando a obrigatoriedade de momentos formais de avaliação da oralidade integrados no processo de ensino-aprendizagem e fixando o seu peso (30%) no cálculo da classificação a atribuir. Gradualmente, as uploads/Geographie/ expressao-oral-em-fle-pdf.pdf

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